A equipe de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL; foto) esclareceu que a minuta de um decreto de estado de sítio, apreendida pela Polícia Federal na sede do PL em Brasília em 8 de fevereiro, é simplesmente uma cópia do documento mencionado durante uma investigação.
De acordo com um comunicado divulgado pela defesa de Bolsonaro, o referido documento foi encontrado no celular do ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, que foi preso em maio. O ex-presidente, então, teria solicitado uma cópia do documento mencionado nas investigações da PF, a qual teria sido enviada pelo seu advogado, Paulo da Cunha Amador Bueno, via celular em 18 de outubro.
Bolsonaro então teria impresso o documento “a fim de facilitar a leitura do texto”, segundo a defesa.
Um texto contendo fundamentos para a imposição de um estado de sítio foi descoberto na sala do presidente Bolsonaro, na sede do PL, de acordo com informações do G1.
Esse não é o rascunho apresentado por Filipe Martins, sujeito a um mandado de prisão nesta quinta-feira, o qual solicitava a detenção dos ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF), assim como do presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD).
A defesa do ex-Presidente Jair Bolsonaro tendo tomado conhecimento, através dos veículos de imprensa, sobre a apreensão de suposta minuta de decreto de estado de sitio, durante diligência de busca e apreensão realizada nesta data na sede do Partido Liberal em Brasilia vem esclarecer o quanto segue
Nos arquivos apreendidos na sede do Partido Liberal (PL) nesta quinta-feira, 8, a Polícia Federal descobriu um texto que se apresenta como a “minuta final” de um plano para um golpe de Estado. De acordo com o G1, após a leitura e validação pelo então presidente Jair Bolsonaro, o documento indicava a possível decretação de um estado de sítio no país. Essa evidência foi encontrada como parte da operação Tempus Veritatis, que representa a principal investida contra Jair Bolsonaro e seu alto escalão governamental devido ao planejamento de um golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022.
Os fragmentos indicam que o texto se trata de um discurso que seria lido por Bolsonaro. Há trechos que se assemelham aos chavões do ex-presidente: “Afinal, diante de todo o exposto, e para assegurar a necessária restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil, jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas, com base em disposições expressas da Constituição Federal de 1988, declaro o estado de Sítio e, como ato contínuo, decreto operação de garantia da lei e da ordem”, lê-se no último parágrafo.
O propósito visava obstruir a certificação e entrada em posse de Lula, revertendo os resultados eleitorais. Na ação de hoje, foram detidos Filipe G. Martins, assessor para assuntos internacionais de Bolsonaro, e Valdemar Costa Neto, presidente do PL, por portar uma arma sem o devido registro. Além disso, Costa Neto foi encontrado com ouro de procedência ilegal em seu escritório no PL.
Com informações de G1 e O Antagonista
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